Alva e Gunnar Myrdal

Por: Socialdemokratiske Tænkere – Tradução: Vitor Luís Nunes de Almeida12-Myrdal-signeret

Alva e Gunnar Myrdal podem razoavelmente ser considerados os mais proeminentes chamados “engenheiros sociais” da Suécia entre guerras. Foram suas ideias que formaram a base de grande parte da política social e econômica que caracterizaram a Suécia de 1932 e das décadas seguintes. É óbvio considerá-los juntos, como um casal ideológico além de casados.

A base política de ambos era criar uma sociedade sem infortúnios desnecessários, onde a razão racional governasse e como o capitalismo frequentemente enfrentava a irracionalidade, a ganância e o interesse próprio, o planejamento e a socialização tornaram-se elementos importantes em seu pensamento político.

A ciência e a especialização devem garantir o alcance das melhores soluções – soluções que os políticos podem implementar. Por outro lado, as pessoas, o objetivo das reformas, tiveram que ser educadas para entender o que era melhor para elas mesmas.

O socialismo reformista de Alva e Gunnar Myrdal tinha uma força quase revolucionária de um tipo diferente do marxista. Em vez disso, você será capaz de conectá-los à tradição pré-marxista, aos pensadores que Marx / Engels e seus sucessores designaram como utópicos, como Charles Fourier, Etienné Cabet, Robert Owen entre outros.

Como eles, Alva e Gunnar Myrdal imaginaram uma sociedade que funcionasse bem, onde a família tradicional seria substituída por uma nova família moderna, onde tanto o homem como a mulher tinham trabalhos assalariados, onde as crianças eram criadas em grandes instituições e onde o trabalho no lar era amplamente coletivizado.

Essa utopia que eles apresentaram no livro, Crise na Questão da População, foi publicada no outono de 1934. No livro, eles delinearam um futuro sombrio para a Suécia, se as pessoas não começassem a ter mais filhos. Em vez de impedir as mulheres casadas de terem trabalhos assalariados – como na Alemanha e na Itália, por exemplo – Alva e Gunnar Myrdal acreditavam que a sociedade deveria cobrir uma grande parte dos custos de ter filhos e que não se deveria impedir mulheres casadas de terem folha de pagamento.

 

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